No distante ano de 2008 segundo a revista Modern Mechanix de 1968, o viajante do tempo realiza uma tarefa trivial, pega seu carro de manhã e faz um corriqueiro deslocamento de 500 quilômetros.
Hoje, às 8 horas da manhã, terça-feira do dia 18 de novembro de 2008, ele tem um importante compromisso de negócios a 500 km de distância. O viajante entra no seu carro flutuante de dois lugares propulsionado a ar, pressiona uma sequência de botões para alimentar o computador de bordo com a informação do destino.

Uma vez inicializado, o próprio carro manobra para fora da garagem e o condutor-passageiro, de mãos livres, volta a sentar confortavelmente na poltrona para ler o jornal da manhã, que é mostrado numa tela plana de TV acima do painel do carro. Através de um botão, ele sobe as páginas.
O carro acelera a 300 Km/h nos limites da cidade e imprime 400 Km/h fora da área urbana, flutuando suavemente por sobre a pista de plástico. O viajante mal presta atenção nas cidades passando através da janela, muitas delas já cobertas por seus novos domos que as mantém plenamente climatizadas.
Repentinamente o videofone toca, é o sócio querendo o esquema de um novo tipo de turbina que a empresa está empregando na sua linha de lanchas esportivas. O viajante pega a sua maleta e desenha um esboço com uma caneta fina de infra-vermelho numa prancheta que parece uma tela de TV, localizada na parte de dentro da maleta. O diagrama é transmitido para uma tela similar existente no escritório, localizado a 300 quilômetros dali. O sócio aperta um botão e imprime instantaneamente uma cópia, então ele deseja boa viagem e a ligação termina.
O carro desacelera e se dirige autonomamente ao edifício onde o viajante do tempo se reunirá com seus colegas. Depois que ele sai, o veículo estaciona numa ampla garagem pública e lá fica, à espera do retorno do seu dono. Os carros individuais foram banidos do centro da das cidades. Atualmente, as calçadas rolantes e os bondes elétricos fazem o transbordo das pessoas para o centro e vice-versa.Entre realizações e frustrações, o que sobrou de bom para sonharmos no nosso futuro?
Apesar da realidade dos televisores de tela plana, GPS, Internet e transportes rápidos terem se concretizado, nem em pesadelos se supôs em 1968 a falência dos grandes centros urbanos do planeta, enterrados no lixo, nos problemas crônicos de infra-estrutura e cada vez mais paralisados pelo crescimento exponencial do número de automóveis.
Por não termos cumprido o que os nossos pais e avós sonharam, doravante, a nossa visão para daqui a 40 anos deve forçosamente renunciar a qualquer perspectiva otimista.
Fonte: What Life be like in the year 2008.
Olá... quero parabenizar pela publicação. O tema é tão fascinante que escrevi sobre ele em meu blog "A Energia da Inovação" onde referenciei em link o Ueba.
ResponderExcluirPara acessar vá em: http://blog.inovaideia.com.br/?p=148
Boa leitura!
Oi Cristiano, partilhamos do mesmo gosto pelo tema do futuro do passado. É uma forma de percebermos sobre nossos acertos e erros sobre o nosso próprio futuro.
ResponderExcluirO seu post realmente acrescenta mais informações e é o leitor que sai ganhando.