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16 de out. de 2008

A História da Coisas: saiba porque os seus níveis de consumo estão destruindo o planeta.

A minha fiel leitora Maristela Guedes me mandou um interessante link sobre o documentário “A História das Coisas”, que de tão educativo, fiz questão de ecoar e oxalá, outros blogs e blogões fizessem o mesmo.
Trata-se de um vídeo que explica em 20 minutos o problema da geração de detritos de uma maneira que o Al Gore não conseguiu fazer em 1 hora e meia no seu filme famoso "Uma Verdade Inconveniente". As suas principais virtudes são o seu didatismo, sem ser chato e a sua simplicidade, sem ser tosco.
Logicamente que tal vídeo somente poderia ter sido gerado no país mais consumidor do mundo, os EUA pátria sagrada do capitalismo selvagem, um sistema tido como regime de fim da história da humanidade. Ora, diante da catástrofe que estamos assistindo do sistema financeiro global, em que até a Inglaterra, a mãe do liberalismo, interveio fortemente num mercado que ela mesma venerava como uma entidade auto-determinadora do seu destino, descobre-se que o fundamento do capitalismo não e tão sólido assim, comprovando que há mais coisas entre o céu e a terra do que sonha o nosso vão fim da história.
A História das Coisas explica o que a Verdade Inconveniente de Al Gore quis omitir: não é concebível a sobrevivência da cadeia linear de bens de consumo inserido numa precária ecologia não-linear, porque finita. Al Gore será um filho do capitalismo até a morte, sem possibilidades de um dia admitir que tal sistema é o maior problema já inventado pela humanidade, por se basear no desbalanceamento de uma equação muito simples:

»»»»»Exploração infinita de recursos finitos.««««««««««

A intervenção antropológica sobre os recursos naturais se dá numa base filosófica que concebe o planeta como se fosse um campo infinito de exploração. O grande equívoco da base ideológica do capitalismo é a elevação do consumo ao sentido da vida e atingimento da felicidade.
A verdade que a Verdade Inconveniente do Al Gore quis omitir é: o que está errado com o capitalismo não tem paliativo – não há como domesticar o capitalismo selvagem – uma vez que o seu ideário sempre parte de um ponto de vista particularizado.
Apesar de catastrófica, a crise financeira mundial poderá ser extremamente ecológica, se redundar em diminuição do consumo supérfluo, praticado como forma de vida.

Referência:
A História das Coisas.

3 comentários:

  1. Até que enfim li alguém falar sobre isso!!!
    Pensei q era o único q achava isso, mas agora vejo que sempre tem cérebros conectados por ídeias, mesmo que a distãncia. Mais uma comprovação quântica das intersecções atômicas!
    Oras, é claro que não dá pra se sustentar consumindo nesse ritmo.
    Penso q a solução é a criação de uma economia sustentável, ou algo como um capitalismo socialista, se é que me entendem, afinal a sociedade precisa consumir, mas pra que trocar de TV ou carro a cada ano? Porque precisar de 200 pares de sapatos se temos apenas 2 pés? Um televisor pode tranquilamente durar 20 anos em ótimas condições de uso, e aí por diante. Penso q essa crise financeira pode ser o início de um principio de salvação para a espécie humana, pq a Terra, essa daí dá risada das nossas babaquices. Continuará se reciclando, como faz há bilhões de anos.

    Obrigado e até mais

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  2. a historia das coisa nos mostra a realidade, em relacao a poluição e desmatamentos e mostra tambem caminhos para mudar essa triste realidade.

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  3. é mais por que trocar?
    tudo culpa da sociedade, da midia?

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