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25 de mar. de 2009

Os 11 carros-conceito verdes mais bizarros de 2008.

A onda é buscar soluções para o problema das emissões de carbono da frota de milhões de carros ecologicamente incorretos trafegando no mundo. Para isto existem as utopias e delas bebem os conceitos. Caso acreditemos num futuro otimista, onde o transporte individual sobreviva, então as peças de design futurista talvez saiam das pranchetas e protótipos para ganhar as ruas. Porém, a maioria dos carros-conceito não são práticos e nem funcionais talvez por serem fruto de laivos imaginativos, talvez pela dificuldade de prever um futuro marcado pela incerteza, onde os paradigmas atuais provavelmente se tornem obsoletos.

Durante 2008, aquele que será conhecido como o ano da crise, vários projetos ecologicamente corretos vieram a lume e, se a questão do aquecimento global for realmente levada à sério pelos países desenvolvidos, alguns destes conceitos podem atravessar o umbral que separa o sonho da realidade e virar produto consumível nas linhas de montagem.

O que define um carro verde é basicamente:
- intenso uso de materiais naturais renováveis e recicláveis;

- o não uso de combustíveis não renováveis, de preferência aproveitando fontes de energia limpas e inesgotáveis, tais como a luz do sol e a eólica;

- uso otimizado de energia;

- tamanho e peso reduzidos;

- capacidade de ser propulsionado com mais de um tipo de energia – por isto a proliferação dos híbridos!

1- Helios Lizard – energia solar.
1-Helios Lizard
Kim Gu-ha, um pesquisador da Universidade de Dulsburg, Essen na Alemanha concebeu este carro inteiramente movido a energia solar. Para resolver o problema do espaço limitado disponível para a instalação de células fotovoltaicas, o projeto foi dotado de painéis retráteis que ampliam enormemente a área de captação de luz. É lógico que a geringonça somente se expande quando o carro está estacionado. Este projeto ganhou um prêmio na categoria de melhor uso tecnológico no concurso “Interior Motives Design Awards” de 2008. (Lizard significa lagardo, é o que parece este carro com as "guampas" abertas.)

2- BamGoo – carro elétrico feito de bambu.
2-BamGoo
Para resolver o problema da reciclabilidade dos materiais, os designers da Universidade de Kioto no Japão resolveram apelar para o uso desta fonte orgânica: o bambu é leve, forte e cresce bastante rápido. O carro elétrico de um passageiro pesa apenas 59 quilos e tem autonomia de 48 quilômetros por carga das baterias. (O que parece isto? Casa de marimbondo?)

3- Lotus Hemp Eco-Elise – híbrido energia solar/combustível tradicional.
3-Lotus Hemp Eco-Elise
Em julho a Lotus revelou o seu “Eco Elise” no Salão do Automóvel britânico. As principais inovações ecologicamente corretas são o uso extensivo de fibras de maconha e outros materiais renováveis para a confecção dos painéis, assentos e tapetes. A pintura é solúvel em água. Na fabricação da carroceria do carro, a fibra de maconha é misturada com resina de poliéster formando uma composição híbrida. O teto possui dois painéis flexíveis de captação de energia solar, que mesmo não tendo capacidade para fornecer a totalidade da energia do carro, abastece os sistemas eletrônicos e contribui para a redução do consumo global, potência que de outra maneira seria drenada do motor. (Cuidado: se este carro feito de maconha pega fogo, todo mundo fica chapado!)

4- Antro Solo Tri-Híbrido – gasolina, elétrico e força humana.
4-Antro Solo
O Antro Solo é o meu projeto preferido, pois além de usar gasolina e eletricidade, também aceita a contribuição da força humana. Assim, ao comprar o Solo, você faz simultaneamente uma opção pela ecologia e pela sua forma física. Não diferentemente dos outros conceitos ecológicos, este projeto usa materiais leves e recicláveis, aerodinâmica arrojada e um painel solar incorporado ao teto. Para a alegria dos amantes das atividades físicas, os projetistas destinaram pedais aos três ocupantes, porém, a energia dos pés dos passageiros não é convertida diretamente em empuxo, pois o sistema está acoplado a um gerador que fornece energia para a recarga para as baterias para “quebrar um galho” quando, por qualquer motivo, as baterias não conseguiram ser totalmente carregadas pelos painéis solares e você tem amigos parceiros dispostos a unir o útil ao agradável; contribuir com o planeta e perder algumas calorias. A fábrica húngara Antro tem sérios planos para colocar o Solo brevemente em produção. O seu consumo é surpreendente porque atinge o número mágico de consumo de 150 mpg (milhas por galão de gasolina), ou seja, ele chega a fazer 60 quilômetros com um litro de gasolina.

5- Hinterland EcoVan Aeronáutico – elétrico.
5-Hinterland EcoVan
Em altas velocidades, cerca de 75% do consumo de um carro é desperdiçado no atrito com o ar. Diante disto, os projetistas canadenses priorizaram a aerodinâmica no design deste veículo elétrico. Eles alegam para o seu projeto um coeficiente de arrasto menor do que 0,26, o que bate a aerodinâmica do Toyota Prius e do Honda Insight. O objetivo dos projetistas é fazer algo parecido à fuselagem de um avião sobre rodas – é a última palavra em matéria veículos de 6 lugares ecologicamente amigáveis. (Pena que o resultado tenha ficado absolutamente bizarro.)

6- Peugeot Omni - elétrico.
6-Peugeot Omni
O Omni deve seu nome à suas surpreendentes habilidades omnidirecionais, o que quer dizer que o motorista não precisa esterçar as rodas para movê-lo em qualquer direção. Porém é um motor elétrico instalado em cada roda que dá ao Omni as suas credenciais de “veículo verde”, abastecidos em parte com a energia de baterias de Íons de Lítio e em parte pelos painéis solares do teto.
A demanda energética é tremendamente reduzida pela carroceria feita em fibra de carbono, pelo formato aerodinâmico em forma de gota de água, pelos elementos estruturais construídos em alumínio e titânio e pela iluminação feita à base de diodos (sistema OLED de consumo extremamente baixo).

7- M-112 Mini Eco-Racer.
7-M-112
Quando o problema é espaço, o melhor é o menor de acordo com o designer espanhol Ignacio Garcia. Ele concebeu o M-112 para a ecomaratona promovida anualmente pela Shell, uma competição que abre espaço às idéias inovadoras. O plano de Garcia é fazer um carro ultra-leve com capacidade para carregar uma pessoa e driblar o trânsito caótico das grandes cidades.

8- MDI AirPod – movido a ar.
8-MDI Airpod
Os caras da MDI estão investindo todos os esforços num carro propulsionado a ar. Através de compressores elétricos, grandes quantidades de ar são armazenadas no cilindro do carro. O ar comprimido é liberado então para mover os pistões do motor, analogamente ao que acontece nos motores convencionais que são movidos pelo gás resultante da combustão/expansão do combustível gaseificado. O projeto mais recente da MDI é o AirPod, com capacidade para três passageiros, dois na frente e um atrás.
O par de rodas dianteiras fornece a dirigibilidade, enquanto as traseiras fornecem a tração. O total de potência é cerca de 6,08 CV, bem pequena se comparada aos mais de 50 CV do mais fraco dos nossos veículos 1.0. (Vamos ser sinceros! Será que com "toda" esta potência este carrinho consegue vencer qualquer subida mínima?)

9- Peugeot Capca Dome Mobile - elétrico.
9-Peugeot Capca Dome Mobile
O conceito Capca foi criado para disputar o desafio de design “Peugeot Design Contest 2008: imagine um Peugeot na megalópole do futuro”. Porém este desenho não ganhou a competição. O Capca é mais um aparato elétrico móvel do que um carro. Ele é dotado de motores elétricos nas rodas traseiras, baterias solares embutidas no teto transparente, um monitor transparente acoplado ao pára-brisa e sensores e câmeras capazes de automatizar o estacionamento. 10 horas de carga nas baterias permitem a autonomia de 2 horas de uso para uma velocidade máxima de 88 km/h.

10- Peugeot Stylight - híbrido.
10-Peugeot Stylight
Outra proposta que disputou a competição mencionada acima foi o Stylight, um carro híbrido de 3 assentos provido de um motor de 1.6 litros e um motor elétrico embutido nas rodas dianteiras. O designer Ognyan Bozhilov explica que esta configuração otimiza a distribuição de peso, aumenta a rigidez do conjunto, facilita a transmissão de potência e possibilita a melhor aerodinâmica possível da carroceria. O Stylight possui recursos únicos: amplo pára-brisa expansível de grande visibilidade e luzes traseiras a LED com acendimento progressivo, o que significa que mais luzes acendem quanto mais intensamente o botão de acionamento é pressionado.

11- Citroën Hypnos – híbrido diesel/elétrico.
11-Citroen Hypnos
O Hynos da Citroën foi escolhido como o carro-conceito do ano de 2008 pela revista Autocar. O arrojado interior de 4 assentos é desenhado em forma de dupla hélice, de inspiração clara na molécula da vida DNA. Além do desenho ímpar dos bancos, o recurso tecnológico mais surpreendente deste híbrido é uma câmera montada no teto que capta as expressões faciais dos passageiros e ajusta automaticamente luz, temperatura e o odor no interior do habitáculo, de acordo com o humor deles. (Esperemos que todos tenham harmonicamente as mesmas sensações, pois quando houver briga... vai ser um Deus-nos-acuda!)

Fonte:
HibridCARS: 11 Wackiest Green Concept Cars of 2008.

6 comentários:

  1. Mas, infelizmente, esses carros não irão desfilar nas ruas enquanto o "jogo do petróleo" não falir de vez.

    abs,
    Fabricio

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  2. Não entendi pq o número 10 é bizarro, o carro é mto irado!

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  3. O número 10 é 10! Mas, preste atenção na distribuição do espaço interior, mais precisamente dos assentos... tem muita coisa bizarra ali, bizarrice normal de carro-conceito.

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  4. BIZARRO É O PAVÃO (N° 1) 0 N° 4 ACHEI 10 E O 10 TIROU NOTA 9, POIS CABEM 6 PESSOAS E É UM "AVIÃO"!

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  5. Báh, fumar um Lotus, que sonho!

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  6. Na prática, o Citroën Hypnos se mostrou o mais realista e promissor, considerando a adaptabilidade dos motores a diesel ao uso de combustíveis alternativos, desde o biodiesel e óleos vegetais puros até o etanol. E o sistema de tração elétrico suplementar acabou sendo usado em alguns modelos de produção em série, inclusive no atual carro oficial usado pelo presidente da França...

    A maconha usada nesse Lotus Eco-Elise é de outra variedade, que nem tem THC. Na prática, até é interessante, mas a Lotus perdeu a oportunidade de apresentar junto com ele aquele motor 2-tempos flex que estava desenvolvendo. Por mais que digam que motor 2-tempos é poluidor, acaba sendo até mais ecológico que um 4-tempos ao considerar a menor quantidade de matéria-prima e gasto de energia envolvidos na fabricação de um motor nas mesmas faixas de potência e torque, e considerando o uso de lubrificantes mais eficientes que além de poderem ser usados numa quantidade menor (e assim reduzindo aquela fumaceira estereotípica) se diluem mais facilmente nas misturas com etanol, incluindo até alguns óleos de base vegetal como o de mamona.

    http://cripplerooster.blogspot.com/2011/03/motores-2-tempos-uma-opcao-que-vem.html

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