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10 de mai. de 2008

Qual é a teoria da perspectiva?

Desde que o homem desenha e pinta, simboliza na superfície a percepção tridimensional. Apesar da tridimensionalidade dos objetos representados, eles somente podiam ser desenhados em superfícies. Portanto, as figuras reais e plenas de volume encontradas na natureza eram irremediavelmente achatadas em superfícies, sem que acudisse àqueles artistas primitivos a idéia de se socorrer de subterfúgios para simular a sensação de profundidade.

O que hoje é chamado de perspectiva começou tão somente na primeira metade do século XV, quando os pintores italianos e franceses começaram a tentar reproduzir em seus quadros uma cópia fiel da realidade. O anseio dos artistas se tornava doravante que as suas obras quando fossem contempladas, refletissem a realidade daquilo que os olhos viam.

No princípio isto acontecia intuitivamente através de muitos erros e distorções, mas tão logo estabelecidos os princípios matemáticos que deveriam regrar a ilusão de tridimensionalidade, houve a fusão entre as visões do pintor e do arquiteto. As linhas de fuga, que são as deformações introduzidas pelo olho do observador, transformam o paralelismo real da natureza em linhas que convergem. O pintor ganhou com o novo sistema de representação a possibilidade de pintar aquilo que os olhos humanos viam e deformavam, conseguiu reproduzir a exata percepção de profundidade, que nada mais é do que uma distorção induzida pelo aparato orgânico de visão nas linhas e contornos da realidade.

As principais regras da perspectiva são:
1) Linhas horizontais e verticais que correm paralelas no sentido da figura representam-se como linhas horizontais e verticais. As mesmas distâncias nestas linhas são também mostradas como distâncias iguais na imagem.

2) Linhas paralelas que partem do observador são representadas como linhas que convergem num ponto: o ponto de fuga. As distâncias entre estas linhas são deformadas, ou relativizadas em conseqüência do ponto de vista do observador.

O pintor holandês Escher seguiu tão meticulosamente as regras da perspectiva clássica em suas figuras, que permitiu com que elas transmitissem um efeito sugestivo de espaço, tornando possível os seus truques de simultaneidade entre a bidimencionalidade inerente ao papel e a perspectiva percebida, criando labirintos impossíveis, planos justapostos, aparentes figuras sólidas se interpenetrando como se fossem dobraduras de papel, etc.

Fonte: O espelho mágico de M.C. Escher – Bruno Ernst

Fonte da foto: http://www.mcescher.com/

Arte, bidimensionalidade, tridimensionalidade, dimensão, desenho, pintura, perspectiva, Escher

2 comentários:

  1. eu vim procurar a porra do escher enão achei nada
    q site de merda é esse!!!!!


    valeu por me ouvir....
    e essa merda nem é mto procurada

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  2. Ivan,
    você pode usar a Pesquisa no início da página. Quando fizer isto, achara Escher nos seguintes posts:
    http://www.blogpaedia.com.br/2010/04/o-que-e-bidimensional-e-tridimensional.html

    http://www.blogpaedia.com.br/2008/04/o-que-bidimensional-e-tridimensional.html

    http://www.blogpaedia.com.br/2009/07/confrontacoes-entre-m-c-escher-e-os.html

    http://www.blogpaedia.com.br/2008/10/as-possibilidades-das-figuras.html

    http://www.blogpaedia.com.br/2009/09/quer-uma-sugestao-de-tatuagem-escher-da.html

    http://www.blogpaedia.com.br/2008/12/mveis-que-mc-escher-teria-desenhado.html

    E muito mais, basta ter paciência e procurar usando a ferramenta certa.

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