Um dos grandes mistérios da ciência aerodinâmica é o modo como os primeiros animais voadores de grande porte alçavam vôo. Nem mesmo o interessantíssimo artigo publicado na Revista Ciência Hoje nº 240, consegue desvendar o mistério e, ainda mais, lança mais dúvidas sobre como as colossais criaturas que atendem pelo nome complicado de Quetzlcoatlus northropi conseguiam inicar o vôo.
Apesar de termos hoje várias característica deste animais, tais como pegadas, fósseis que permitiram a reconstrução da sua imagem, temos o modelo matemático do seu vôo, hipóteses de hábitos, etc., não está totalmente esclarecido como uma animal voador do tamanho de uma girafa conseguia alçar vôo partindo do chão.
Vôo ativo e vôo passivo.
Os objetos voadores podem ser reunidas em dois grandes grupos: os de vôo ativo e os de vôo passivo.
- Vôo passivo os objetos que não “batem asas” e não têm propulsão de qualquer espécie. Planadores, paragliders, asas-deltas, peixes-voadores, algumas espécies de esquilos, etc.
- Vôo têm ativo todos os demais objetos voadores: insetos, aves, morcegos, aviões, helicópteros,etc.
Animais planadores.
Os animais voadores superpesados não têm condições de bater asas o tempo inteiro, logo eles são obrigados a fazer um misto de vôo passivo e ativo, pois despenderiam muita energia com a propulsão das asas. Exemplos: urubus, condores, cisnes, albatrozes e demais grandes aves voadoras que se conhece, todos utilizam concomitantemente o vôo ativo e planado.
Como uma montanha voadora do tamanho de uma girafa conseguia sair voando do chão?
Comparação do tamanho de um pterossauro e um homem.
Está definitivamente descartada a hipótese de que os pterossauros tivessem condições de obter propulsão suficiente através de uma louca correria, para se jogar no ar e sair voando do chão.
Ora, os condores, albatrozes e cisnes, apesar de terem massa corpórea muito menor, têm imensas dificuldades de decolar do chão. As aves aquáticas usam a água como uma espécie de catapulta deslizante, mas os condores, se deixados no chão plano, NÃO conseguem decolar. Eles precisam se atirar na beira de um penhasco para alçar vôo.
Comparação de estruturas entre pterossauros, condores e albatrozes.
O mesmo fenômeno acontece com os morcegos. Quando por um acidente vão para o chão plano, eles não conseguem mais decolar porque a sua estrutura de pés não permite a corrida que seria necessária para romper o ponto de estol, necessário para alçar vôo.
A rampa de decolagem dos pterossauros.
A única maneira viável e se imaginar os pterossauros decolando é a mesma que os paragliders e asas deltas utilizam. Os pilotos sobem numa elevação e se atiram no abismo com suas asas postiças. Quando tudo dá certo, eles rompem a velocidade de estol e saem planando.
Agora, vamos imaginar a dificuldade de um animal gigantesco como o Quetzalcoatlus northropi com 10 metros de envergadura (medida de uma ponta da asa a outra) tendo que desenvolver uma corrida no chão de mais de 60 km por hora!
Hipótese mais provável da mecânica de vôo dos pterossauros.
Certamente que para subir na sua rampa de decolagem, eles precisavam de dias de esforços, o que teria inviabilizado a sua vida. A melhor hipótese que teria livrado os pterossauros de extenuantes e mortais subidas em montanhas é ele ter vivido, decolado e pousado novamente em lugares altos em amplos. Assim como os condores que nidificam em penhascos e passam a maior parte do tempo em locais altos, de onde podem se atirar para alçar vôo, a única chance dos pterossauros terem sido os primeiros animais a praticar vôo é ter habitado relevos montanhosos que permitiram àquelas imensas criaturas a precipitação no abismo, única maneira de colocar em vôo tão grandiosas estruturas.
Pterossauro, vôo, estol, planeio, morcego, condor, ave, planador, envergadura, paleontologia
legall
ResponderExcluirMe de dinheiro e equipamentos que eu monto um homem que voa pr voce que escreveu toda esta asneiras
ResponderExcluir