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19 de jul. de 2008

Para onde vai a Blogosfera?

A Internet lusófona é acanhada é pequena e neste universo reduzido, o Brasil é responsável pela maior parte dos acessos. Então, escrever para tal público está mais para a abertura de picadas, do que para causar boa impressão a leitores consumados.

O deserto do real da nossa pobre blogosfera é uma pequena ilha flutuante no contexto maior do fracasso histórico da educação brasileira, na forma como os “nossos usuários apresentam dificuldades para compreender textos e se expressar por escrito”.

A conseqüência da nivelação por baixo da capacidade léxica da elite internauta do país pode ser lida nas nuvens de Tags que versam sobre: bizarrices, imagens, sacanagens, vídeos curiosos, tosquices, pegadinhas,etc.

O internauta brasileiro é dislexo? Sim, mas não por culpa em cartório. A popularidade dos conteúdos ligeiros e imagéticos não se dá por opção voluntária, mas em decorrência de décadas de ensino falido. Porém, nem tudo é terra arrasada, eu escrevo, tu escreves, eu leio e tu tentas compreender. Em meio à rarefacência verborrágica geral imperante no público consumidor de blogs, como fugir do lugar-comum das mulheres-melancias, morangos e melões?

Há blogueiros escritores, heróis da resistência cultural escrevendo por aí, fugindo do minimalismo intelectual, estes poucos sobreviventes desbravam as picadas dos blogs de autoria, escritos segundo Juliano Spyer por sujeitos interconectados escrevendo para sujeitos ativos e participativos que lêem e escrevem.

Se o Cardoso dependesse desta condição, já teria morrido de fome, sem ter consolidado a sua fama de primeiro pro-bloguer da blogosfera lusitana a viver da escrita internética, não teria chegado ao topo somente escrevendo para um punhado de sujeitos interconectados, capazes de entender a sua verve.

Blogsfera, reflexões, lusófona, blogueiro, verborragia, lexe

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