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20 de jul. de 2008

Por que os homens não fazem exercícios nem dietas?

Não o fazem até o momento em que suas esposas adotam hábitos saudáveis.

Os chavões antigos rezam que o homem é a “cabeça do casal” e a mulher, a “rainha do lar”. Tais ditos populares vêm a calhar neste texto; pois, apesar da cabeça não mandar sozinha, a rainha reina em qualquer situação.

Em tempos de consumo excessivo de alimentos supercalóricos, causadores da obesidade mórbida, os meios de comunicação veiculam medidas simples para fazer frente ao mal do século, hipertensão e diabetes, inventados pela urbanização. A escalada das doenças urbanas já se tornou epidêmica, alimentada pelo tabagismo, alcoolismo e drogadição, exigindo cada vez mais recursos dos sobrecarregados sistemas de saúde dos países industrializados.

Porque os preceitos de uma dieta saudável e prática de exercícios físicos não funcionam?
Este tipo de pergunta requer uma reflexão sobre a metáfora da rainha do lar. Na esmagadora maioria das famílias quem determina a dieta e a rotina doméstica é a mulher. Como se fosse uma verdadeira maestrina, a esposa dá o tom da orquestra, o ritmo e o andamento de todas as pequenas ações acontecidas, que são cruciais para a saúde de cada um.

Os cardiologistas sabem que a prescrição de mudança de hábitos esbarra sempre no convencimento da mulher. Caso ela não se engaje ativamente na mudança dos hábitos alimentares e das rotinas de aproveitamento de tempo livre doméstico, o homem por si só, mormente acaba desistindo.

Raros homens fazem a sua própria comida e mais raramente ainda se dispõem a fazer exercícios físicos com a regularidade desejável. Ele é pavio curto, sai do consultório cheio de boas intenções... que se desvanecem ao longo do primeiro mês, se é que chega a tanto. Tal ciclo vicioso pode se repetir inúmeras vezes até a chegada do fulminante infarto ou do silencioso diabetes.

Quando a mulher é convencida, eis que surge a luz no fim do túnel.
Se for certo que a mulher faz o homem, também é certo que quando ela se dá conta da difícil situação de encruzilhada em que se encontra a sua família, alguma coisa ela faz. Logo, quando a mulher resolve mudar o padrão de hábitos de uma casa, normalmente é uma decisão duradoura que produz resultados no longo prazo – períodos maiores do que um ano.

Esta é a palavra chave da atuação feminina: persistência. A mulher dificilmente consegue ser convencida a mudar seus hábitos. Mas se ela chega a isto por sua própria saúde, ou a dos filhos, ou a do marido, ou tudo junto, ela começa a tomar pequenas atitudes que farão a diferença e a estatística comprova que a sua força de vontade é mais duradoura.

- Exemplo de pequena atitude: mudança do padrão de compras no supermercado. A troca do monte de porcarias industrializadas e refrigerantes, pelas frutas, legumes, alimentos orgânicos e integrais.

O doente mora necessariamente numa família doente.
Os portadores de doenças urbanas, vivem em famílias doentes que compartilham maus hábitos de vida; são sedentários e baseiam a sua alimentação em produtos industrializados supercalóricos. Portanto, o poder de convencimento dos cardiologistas, endocrinologistas, nutricionistas, etc. tem que ser direcionado para o convencimento da mulher, que pode representar a única chance de mudança dos padrões alimentares e do sedentarismo.

No momento em que algum destes profissionais da saúde consegue catequizar a rainha do lar sobre a necessidade das mudanças, a possibilidade de tratamento e cura se torna factível e o resto da família vai agradecer no longo prazo em termos de saúde, apesar do início ser marcado pela chiadeira de crianças e adolescentes emburrados diante dos pratos desinteressantes e saudáveis.

Dieta saudável, mudança de hábitos alimentares, exercícios, obesidade, hipertensão, diabetes

2 comentários:

  1. Isso nem sempre é verdade.
    No meu caso, eu vivo tentando arrastar minha esposa para a academia, já que ela vive reclamando que está "engordando".

    O fato é que ela apela para deixar de comer (e ainda diz q isso é dieta) ao invés de fazer algum exercício físico.

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  2. Só deixar de comer de nada adianta.

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